quarta-feira, 24 de abril de 2013

Compulsão à repetição

Ao nível da psicopatologia concreta, processo incoercível e de origem inconsciente, pelo qual o indivíduo se coloca activamente em situações penosas, repetindo assim experiências antigas sem se recordar do protótipo e tendo pelo contrário a impressão muito viva de que se trata de algo de plenamente motivado na actualidade.

É de toda a evidência que a psicanálise viu-se confrontada desde a origem com fenómenos de repetição. Se encararmos nomeadamente os sintomas, por um lado alguns deles são manifestamente repetitivos (rituais obsessivos, por exemplo), e, por outro, o que define o sintoma em psicanálise é precisamente o facto de reproduzir, de maneira mais ou menos disfarçada, certos elementos de um conflito passado. De um modo geral, o recalcado procurar “retornar” ao presente, sobre a forma de sonhos, de sintomas, do agir: “o que permaneceu incompreendido retorna; como uma alma penada, não tem repouso até encontrar resolução e libertação”


Vocabulário da Psicanálise – J. Laplanche & J.B. Pontalis


psicologia clínica

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