quarta-feira, 10 de julho de 2013

Dependência do Terapeuta

É frequente ouvir-se falar do receio de ficar dependente do terapeuta. A questão é mais complexa do que à partida se pode supor e, para além do mais, está intimamente relacionada com a história de cada um. No entanto, costumo dizer, que uma boa dependência é essencial para obter a independência. É exactamente a boa dependência (matriz de uma boa relação afectiva pais/filhos), ao invés da dependência tóxica (má relação/incapacitante) que permite rumar à autonomia. O ser humano é frágil, e é-o, ainda mais, quando nasce e está completamente dependente dos pais/cuidadores. É exactamente a partir daqui, desta dependência inicial, que se começa a traçar o caminho para a autonomia. Mas, infelizmente, nem sempre tudo corre bem. Muitas vezes, mesmo correndo mal inicialmente, a capacidade de resiliência da criança associada à maior disponibilidade emocional dos pais permite superar falhas iniciais. Noutros casos assiste-se a tentativas desesperadas/dramáticas de procura de autonomia por todas as formas possíveis e imaginárias que, infelizmente estão destinadas ao fracasso, pois nenhuma destas tentativas dá um significado emocional/suprime/corrige/transforma a vivência de uma má relação de dependência.



Psicoterapia

Sem comentários:

Enviar um comentário