É de toda a evidência que a
psicanálise viu-se confrontada desde a origem com fenómenos de repetição. Se
encararmos nomeadamente os sintomas, por um lado alguns deles são
manifestamente repetitivos (rituais obsessivos, por exemplo), e, por outro, o
que define o sintoma em psicanálise é precisamente o facto de reproduzir, de
maneira mais ou menos disfarçada, certos elementos de um conflito passado. De
um modo geral, o recalcado procurar “retornar” ao presente, sobre a forma de
sonhos, de sintomas, do agir: “o que permaneceu incompreendido retorna; como
uma alma penada, não tem repouso até encontrar resolução e libertação”
Vocabulário da Psicanálise – J. Laplanche & J.B. Pontalis
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