Entre
os inúmeros exemplos sobre aspectos técnicos subjacentes à prática clínica, a
escolha do primeiro parágrafo do Diário
Clínico de Sándor Ferenczi (7 de Janeiro de 1932) prende-se com o facto de
se tratar de um dos primeiros testemunhos sobre a “obrigatoriedade” de dar ao
espaço terapêutico autenticidade. Como refere Kupermann “A noção de sensibilidade, oriunda do campo da estética, é empregue por
Ferenczi no seu sentido rigoroso como a capacidade de afetar e de ser
afetado pelo outro, e não no sentido coloquial, que poderia remeter-nos às
ideias de plácida benevolência ou de compreensão ilimitada e passiva etc., que
foram apressadamente associadas a sua figura. A insensibilidade ou a hipocrisia
é, assim, a principal figura do álibi passível de ser empregue pelos analistas
para escapar das duras consequências do acto analítico.”
Voltarei
a este tema…. Sem dúvida!
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