No editorial da British Journal of Psychiatry - The end of the psychopharmacological revolution, Peter Tyrer questiona papel da psiquiatria (psicofarmacologia) na
actualidade como disciplina isolada no tratamento da doença mental. Ao “anunciar”
o fim da revolução psicofarmacológica estará "anunciar, a queda do mito da cura, através das drogas? Falar em cura implica falar em doença e talvez Thomas Szasz “Mito da
doença Mental” nos ajudasse nesta altura. A cada “fim” nem sempre corresponde um “começo”
diferente, e neste caso, mesmo contrariando as evidências, tudo aponta para que
o doente e a doença continuem com entidades separadas. Partilho as palavras de
Tyrer “Ver o mundo através dos olhos de um paciente nem sempre é fácil,
especialmente se o que eles vêem não é o que você vê, mas ele retribui o
esforço”, mas a esperança de que a doença mental possa ser vista pelos olhos do
paciente, essa, é pequena.
Sem comentários:
Enviar um comentário