Diante
a liberdade sexual crescente, os Senhores do costume, acharam que tinham que
dizer qualquer coisa, pegaram na bíblia das patologias, o DSM (Manual de
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de
Psiquiatria) e fizeram de sua justiça. Em 1980, na 3ª edição do DSM-III, lá estava
a "sexual addiction". Entretanto, na 4ª edição e na 5ª, que será
publicada em 2013 a "sexual addiction" desapareceu. Quer isto dizer
que deixaram de entrar nas nossas cabecinhas perversas (vida sexual) e prescindiram
de nos dizer o que é certo e errado, normal ou patológico? Com certeza que não!
Imbuídos da sua autoridade moral juntaram-se para declarar que não passamos de
uns tarados (espero eu).
A
cada nova edição do DSM a linha que separa o normal e o patológico esbate-se, e
comportamentos e afectos num instante se transformam em patologia a necessitar
de tratamento.
Agora,
segundo se prevê, a “sexual addiction” foi rebatizada, passando a chamar-se “transtorno
hipersexual”. Dentro deste gravíssimo distúrbio psiquiátrico vamos encontrar o
EXCESSO de fantasias, impulsos e comportamentos sexuais acima da frugalidade
recomendada.
Quando
entramos nos critérios quantitativos somos levados a pensar que estes “experts”
não são desprovidos de humor. Assim, se você passar entre 30 minutos a 2 horas
por dia absorvido por fantasias ou desejos e quiçá os realiza, ora
masturbando-se, ora com um parceiro (cuidado – masturbação entre parceiros não
está incluída), entre duas a cinco vezes por semana, fique descansado, o seu
caso é de severidade média!
Tudo
isto não passaria de uma piada, se não fosse verdade.
psicologia clínica
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