Antes de mais, importa recordar
que os adictos ao sexo são aqueles que praticam mais sexo do que nós - a norma.
Os doutos nos comportamentos
dos outros não sabem o que fazer com a questão da adicção ao sexo (sexual addiction). Na DSM-IV estava
consagrada como Hypersexuality, e na recente
publicação do DSM-V passou a ser uma condição que precisa de mais investigação!
Num recente estudo conduzido por Nicole Prause (UCLA), os resultados indicam
que a dependência sexual não deve ser considerada uma doença.
O que na verdade nos deve
preocupar é o sofrimento que estas pessoas possam apresentar e, não é garantido
que todos o tenham. Há naturalmente que fazer uma distinção entre
comportamentos sexuais desviantes, perversos e impulsos libidinais. Por eles
estarem muita vezes entrelaçados é preciso compreender o que é o quê.
A psiquiatria e a psicologia
vieram de certa forma substituir a religião no que diz respeito ao que é certo
e errado, retirando-lhe, só parcialmente, a questão moral/culpa tão presente na
religião. A sociedade encontra sempre uma forma de ordenar e controlar o
comportamento humano…. E se há coisa que mexe com as profundezas dos reprimidos
é o desejo sexual. Que o diga Freud.
De tudo isto, resulta em muitas
pessoas, sentimentos de culpa e de vergonha e é essa a minha preocupação,
ajudar o sujeito a desembaraçar-se da culpa que pode atingir e contaminar a
sexualidade, que se quer satisfatória na quantidade que a cada um convier.
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