psicologia clínica
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Falar sobre a morte com as crianças
Não existem fórmulas para falar
de assuntos complicados com as crianças. Na maior parte das vezes os nossos
medos contaminam a nossa capacidade de os abordar. Como sempre acontece, a
honestidade é o que funciona melhor quando se fala sobre a morte. E porque
não dizer que a honestidade é sempre o melhor quando se fala com as crianças
sobre qualquer assunto!
Sejam honestos convosco e com as crianças
World can be a very scary place and bad things happen….
Sejam honestos convosco e com as crianças
World can be a very scary place and bad things happen….
psicologia clínica
Não quero acordar
Como já é hábito aqui no blog,
Eliane Brum com mais uma das suas excelentes crónicas: Acordei doente mental
"Descobri que sou doente
mental ao conhecer apenas algumas das novas modalidades, que tem sido
apresentadas pela imprensa internacional. Tenho quase todas. “Distúrbio de
Hoarding”. Tenho. Caracteriza-se pela dificuldade persistente de se desfazer de
objetos ou de “lixo”, independentemente de seu valor real. Sou assolada por uma
enorme dificuldade de botar coisas fora, de bloquinhos de entrevistas dos anos
90 a sapatos imprestáveis para o uso, o que resulta em acúmulos de caixas pelo
apartamento. Remédio pra mim. “Transtorno Disfórico Pré-Menstrual”, que
consiste numa TPM mais severa. Culpada. Qualquer um que convive comigo está
agora autorizado a me chamar de louca nas duas semanas anteriores à
menstruação. Remédio pra mim. “Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica”. A
pessoa devora quantidades “excessivas” de comida num período delimitado de até
duas horas, pelo menos uma vez por semana, durante três meses ou mais. Certeza
que tenho. Bastaria me ver comendo feijão, quando chego a cinco ou seis pratos
fundo fácil. Mas, para não ter dúvida, devoro de uma a duas latas de leite
condensado por semana, em menos de duas horas, há décadas, enquanto leio um
livro igualmente delicioso, num ritual que eu chamava de “momento de felicidade
absoluta”, mas que, de fato, agora eu sei, é uma doença mental. Em vez de leite
condensado, remédio pra mim. Identifiquei outras anomalias, mas fiquemos neste
parágrafo gigante, para que os transtornos psiquiátricos que me afetam não
ocupem o texto inteiro."
domingo, 9 de junho de 2013
A realidade adora humilhar a ficção
E se um dia o médico dissesse:
- Vamos parar com a medicação do seu filho, ele não está doente, o transtorno do défice de atenção com hiperactividade não existe, é uma doença inventada.
INVENTOR OF ADHD'S DEATHBED CONFESSION: "ADHD IS A FICTITIOUS DISEASE"
Fique tranquilo, isso não vai acontecer, felizmente, o seu filho contínua doente!
O seu médico pode ser considerado tão vítima quanto você, mas situa-se numa escala de responsabilidade diferente. A um médico exige-se muito mais conhecimento e capacidade de questionar um diagnóstico do que se exige a um pai. Apesar disso, existem muitos pais que consideram que os diagnósticos feitos aos seus filhos não se justificam.
Um conhecimento mais aprofundado e rigoroso do funcionamento mental das crianças e até algum senso comum, levaria os técnicos a questionar, por exemplo, o que se passa na família. Está tudo bem com os pais? Estão a divorciar-se? Os pais estão a sofrer com o desemprego? Nasceu um irmão? Morreu um avô? A criança perdeu os amigos porque mudou de escola? Etc. etc. … Imagino que tudo isto esteja a parecer óbvio. Enganem-se, isto não é relevante. O importante é: “nunca está quieto, anda sempre nas nuvens, está sempre desatento, os resultados na escola estão piores….” Qual é o interesse em saber se a criança mudou de escola? Não há nada a fazer, não podemos voltar para a escola antiga, logo a criança sofre de TDAH.
Tudo aquilo que os pais descrevem aos médicos é real, está efectivamente a passar-se com os seus filhos, não é uma invenção, somente, não é uma doença mental.
Echolilia: Sometimes I Wonder
O fotógrafo norte-americano Timonthy
Archibal através de uma série de imagens retrata com enorme sensibilidade o
autismo. “Echolilia: Sometimes I Wonder”, é o nome do ensaio onde Timonthy apresenta
o seu próprio filho em situações quotidianas.
De acordo com Archibald, a ideia para a sessão surgiu pela
necessidade de fazer algo de concreto por seu filho Eli, que completou 8 anos
recentemente. Ao contrário de muitos pais que fotografam os seus fazem
filhos sorridentes ou em situações graciosas, optou por um registo intimo
tentando captar a essência.
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