Pablo Casso
O mundo contemporâneo trouxe ao profissional psicanalista
uma gama de sintomas que inquietam o inconsciente do ser humano. Na proposta de
um entendimento do comportamento social e das doenças atuais, torna-se essencial
conhecer a “hipermodernidade”, termo usado para representar o mundo contemporâneo.
De acordo com Gilles Lipovetsky (1), entramos em uma época em que o fenômeno grupal se caracteriza pela flexibilidade e velocidade de informações. Assim, onde muitos enxergam manipulação e conformismo, pode-se encontrar satisfação, e um jogo de estetização que desenvolve o comportamento consumista do indivíduo.
Na Era Hipermoderna está evidente que o ser humano vive na estética corporal, nas fantasias individuais. Este comportamento contemporâneo, baseado na obtenção de prazeres e desejos é uma das maneiras de identificar as carências do homem hipermoderno, que possui uma mente desequilibrada pelos conflitos de um sistema em constante transformação, o que influencia sua saúde mental e corporal.(2)
Os vínculos da Era Hipermoderna são mais frágeis e efêmeros, pois tudo se
baseia no breve prazer, na vontade de saciar os desejos internos. (3) O
indivíduo contemporâneo, privado de tempo, da duração exigida pelos sentimentos,
poderia experimentar outra coisa além de sensações? (4)
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